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2012 - Livro Vermelho 2013

Lychnophora phylicifolia DC. DD

Informações da avaliação de risco de extinção


Data: 21-03-2012

Criterio:

Avaliador: Maria Marta V. de Moraes

Revisor: Miguel d'Avila de Moraes

Analista(s) de Dados: CNCFlora

Analista(s) SIG: Marcelo

Especialista(s):


Justificativa

Por falta de dados a avaliaçãonão pode ser concluída.

Taxonomia atual

Atenção: as informações de taxonomia atuais podem ser diferentes das da data da avaliação.

Nome válido: Lychnophora phylicifolia DC.;

Família: Asteraceae

Sinônimos:

  • > Lychnophora jeffreyi ;

Mapa de ocorrência

- Ver metodologia

Informações sobre a espécie


Notas Taxonômicas

Conhecida apenas por duas espécies, a espécie se caracteriza pela combinação dos ramos canescentes, folhais ovadas a ovado-lanceoladas, com base cordada e fortemente imbricadas e pappus externo coroniforme (Loeuille, 2011).

Distribuição

Ocorre na Chapada Diamantina, Bahia (Coile; Jones, 1981; Loeuille, 2010; 2011) e Minas Gerais (CNCFlora, 2011).Altitude: Hind (1995).

Ecologia

Arbusto perene, geralmente encontrado nas serras das Almas e Sincorá (BA). Fértil durante o ano todo, polinizado por insetos e dispersado pelo vento (Borges, com. pessoal).

Ameaças

1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
Detalhes O Espinhaço é marcado, em praticamente toda a sua extensão, por uma ocupação humana antiga vinculada à extração de ouro ou diamantes e atividades associadas. No entanto, com o declínio das jazidas no final do século xix, as cidades perderam importância e várias delas vivem atualmente de sua história, encontrando no turismo sua principal atividade econômica. Outras estão resignadas a atividades em pequena escala, como a agricultura de subsistência e o extrativismo. Devido à topografia irregular e ao solo impróprio para agricultura, os campos rupestres não parecem sofrer pressão antrópica acentuada. No entanto, estão sujeitos a queimadas frequentes. Em alguns pontos, estão sendo substituídos por monoculturas de eucaliptos e pinheiros. Em outros, principalmente próximos aos centros urbanos, o aumento no número de casas de veraneio e pousadas é surpreendente. São comuns também a coleta de toneladas de capítulos de sempre-vivas (principalmente Eriocaulaceae e Xyridaceae) para exportação, a retirada de orquídeas, cactos e bromélias para cultivo e a extração de diferentes espécies de canelas-de-ema (ou candombás) resinosas para combustível. Muitas dessas populações são pequenas e a retirada de indivíduos nesses casos pode reduzir significativamente e de maneira irreversível sua variabilidade, podendo desencadear um processo que culminará com sua extinção. a interferência humana nas comunidades dos campos rupestres, portanto, não é desprezível e já tem sido notada através da menor variabilidade genética e morfológica em populações de plantas do espinhaço. O grande número de espécies vegetais exclusivas dos campos rupestres rende à sua flora a condição de insubstituível. Suas espécies microendêmicas são muitas vezes representadas apenas por pequenas populações e estão por isso mais suscetíveis a episódios estocásticos naturais ou provocados pelo homem. Portanto, os campos rupestres são intrinsicamente ricos em espécies vulneráveis e necessitam de proteção especial. A consciência de que a flora das serras do espinhaço deve ser conservada não é recente e tem sido reforçada a cada novo levantamento. ainda são poucos os estudos capazes de estabelecer prioridades para a conservação da biodiversidade nos campos rupestres. Apesar de importantes, várias unidades de conservação não representam toda a heterogeneidade biológica regional e não possuem uma configuração ideal para conservação e manejo efetivo de sua biodiversidade. Para se proteger os campos rupestres é imprescindível conhecer as espécies que ali ocorrem e como elas estão distribuídas (Rapini et al., 2008).

1.1 Agriculture
Detalhes Harley (1995) indica como principal ameaça à região do Pico das Almas o desenvolvimento de atividades agrícolas para a formação de pastagens e cultivo de frutas; em geral, estas atividades têm sido realizadas com a utilização de fogo e extração ilegal de madeira e lenha. Além disso, foi registrado também o extrativismo ilegal de plantas ornamentais.

Ações de conservação

1.2.1.2 National level
Situação: on going
Observações: Presente no Anexo II da Lista de Espécies da Flora Ameaçadas de Extinção do Brasil (MMA, 2008) e na Lista da Biodiversitas de espécies da flora brasileira ameaçadas de extinção na categoria "Criticamente em perigo" (CR) (Biodiversitas, 2005).

4.4 Protected areas
Situação: on going
Observações: Ocorre no PARNA Chapada Diamantina, Lençóis - BA (CNCFlora, 2011).

Referências

- HIND, D.J.N. Compositae. In: STANNARD, B.L.; HARVEY, Y.B.; HARLEY, R.M. Flora of the Pico das Almas, Chapada Diamantina, Bahia, Brazil. Royal Botanic Gardens (KEW), p.175-278, 1995.

- COILE, N.C.; JONES JR., S.B. Lychnophora (Compositae, Vernonieae), a genus endemic to the Brazilian Planalto, Brittonia, v.33, p.528-542, 1981.

- LOUEILLE, B. Lychnophora phylicifolia in Lychnophora (Asteraceae) in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Disponivel em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/2010/FB016179>.

- LOUEILLE, B.F.P. Towards a phylogenetic classification of Lychnophorinae (Asteraceae: Vernonieae). Doutorado. São Paulo: Universidade de São Paulo, 2011.

- RAPINI, A.; RIBEIRO, P.L.; LAMBERT, S.; PIRANI, J.R. A flora dos campos rupestres da Cadeia do Espinhaço., Megadiversidade, n.1-2, p.16-24, 2008.

- HARLEY, R.M. Introdução. In: STANNARD, B.L.; HARVEY, Y.B.; HARLEY, R.M. Flora of the Pico das Almas, Chapada Diamantina, Bahia, Brazil. Royal Botanic Gardens (KEW), p.1-78, 1995.

- Base de Dados do Centro Nacional de Conservação da Flora (CNCFlora). Disponivel em: <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/>. Acesso em: 2011.

- MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE. Instrução Normativa n. 6, de 23 de setembro de 2008. Espécies da flora brasileira ameaçadas de extinção e com deficiência de dados, Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 24 set. 2008. Seção 1, p.75-83, 2008.

- FUNDAÇÃO BIODIVERSITAS. Revisão da lista da flora brasileira ameaçada de extinção. Belo Horizonte, MG: FUNDAÇÃO BIODIVERSITAS PARA A CONSERVAÇÃO DA NATUREZA, 2005.

Como citar

CNCFlora. Lychnophora phylicifolia in Lista Vermelha da flora brasileira versão 2012.2 Centro Nacional de Conservação da Flora. Disponível em <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/pt-br/profile/Lychnophora phylicifolia>. Acesso em .


Última edição por CNCFlora em 21/03/2012 - 14:54:00